quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

All that Jazz

"Arranjas-me um Jazz?" O pedido até tinha sido com jeitinho, quase com vergonha, mas o peso estava lá. Não é pedido que se faça. Rápido ou lento? Com muito ou pouco swing? Sexy ou agressivo? Complexo ou genialmente simples? Saxofone, trompete, bateria ou uma Big Band? Com letra?

Rock seria fácil. Chuck Berry, Led Zeppelin, Guns n' Roses, White Stripes, Black Keys. Com o Hip Hop, ainda mais simples. Run DMC, Public Enemy, Notorious BIG, Eminem, Kanye West. Música pesada? Rage Against The Machine, Pantera, Machine Head... Nada pior que o Jazz. Quando o assunto é apresentar o estranho mundo de Miles a missão é espinhosa. Basta uma sugestão errada e a curiosidade dá lugar ao desinteresse e ninguém devia morrer sem perceber o Jazz.

Desafio naturalmente aceite. Ainda que limitado pelo suporte da coisa - por aqui ainda se ouve música em cd - lá entraram uns monstros sagrados. Os que foram descobertos lá pelos corredores do Camóes. Miles Davis, John Coltrane e Art Blakey, seguramente. Ray Charles, Keith Jarret, Thelonious Monk, também por lá devem ter seguido. O Hendrix vai sempre. E sem Ella a pen não seria devolvida. Só indiscutíveis.

Se adere ou não ao estranho mundo de Miles, não sei. Será que tem tempo para parar e ouvir tanta música? Duvido. Ninguém tem. Despeço-me com um disclaimer: já paguei por discos de todos os citados. E com uma dúvida. Entre sms, whatsapps, youtubes, facebook, toneladas de streamings e downloads para todos os gostos, nos apercebemos de tudo o que ouvimos? Duvido.


Enjoy

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